O ano de 2020 ficará marcado na história mundial pela pandemia da Covid-19, decretada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em março. Em diversos lugares ao redor do planeta, ruas ficaram silenciosas, comércios foram fechados e um dos piores cenários econômicos, nunca antes visto, estava se formando.
A mostra “Coronaceno: Reflexões em Tempos de Pandemia”, que abriu ao público ainda em meio às incertezas sobre o futuro, buscou incentivar a reflexão sobre os impactos da doença no mundo e as perspectivas de mudanças no estilo de vida da humanidade.
Dividida em seis núcleos - “Essenciais”, “Do vírus à pandemia”, “Sociedades transformadas”, “Memorial aos que partiram”, “A ciência é protagonista” e “A cultura é o caminho”, a exposição tem curadoria assinada por Leonardo Menezes, gerente de conteúdo e de exposições do museu, Luiz Alberto Oliveira e Eduardo Carvalho. A realização é do IDG/Museu do Amanhã, em parceria com a Globo e GloboNews.
Feito em parceria com a Rede Globo e a GloboNews, o “Conversas para o Amanhã” é um programa de entrevistas que antecipou discussões da exposição Coronaceno. Com mediação da jornalista Aline Midlej, a série reuniu importantes personalidades de diversas áreas do conhecimento para discutir temáticas relacionadas à mostra, inspirando reflexões sobre o futuro.
Na primeira sala, o visitante é convidado a refletir sobre como a influência humana e a globalização foram fundamentais para a expansão do vírus por todos os continentes.
Em 1943, Antoine de Saint-Exupéry, autor do clássico da literatura “O Pequeno Príncipe”, escreveu para a posteridade que “o essencial é invisível aos olhos”. Em 2020, profissionais da saúde, limpeza, produção e transporte de alimentos, entre outros, se tornaram essenciais para que a humanidade pudesse se recolher em quarentena. Nessa área da exposição, esses essenciais são bem visíveis, de carne e osso, e possuem nome e sobrenome. Sem eles, não conseguiríamos ter eletricidade nas cidades, acesso a medicamentos, noticiário confiável e atualizado ou conteúdos que aliviaram a tensão do isolamento. A eles, toda a nossa homenagem e agradecimento!
O primeiro surto de coronavírus surgiu entre frequentadores de um mercado que vendia animais silvestres na cidade de Wuhan, na China, em 2019, o que sugere que a doença foi transmitida por um animal. Por meio da conectividade massiva das redes de transporte, a Covid-19 cruzou barreiras internacionais, matando mais de um milhão de pessoas. Sabemos que a destruição de habitats naturais força o contato com animais silvestres potencialmente infectados por vírus desconhecidos, tornando o desmatamento uma das principais causas para o surgimento de novas doenças. No caso do novo coronavírus, os morcegos são o reservatório natural mais provável, mas variações genéticas apontam para o pangolim como um possível transmissor intermediário. Ambas as espécies são vítimas comuns do tráfico de animais, mostrando, mais uma vez, as consequências da intervenção desenfreada no meio ambiente. O tráfico de animais continua, colocando tantos em risco por tão pouco. O desmatamento aumentou, com queimadas dizimando hectares de florestas todos os dias. O novo normal ainda lembra muito o antigo.
Em 2020, a nossa sociedade sofreu impactos econômicos, sociais e ambientais causados por um só organismo — o novo coronavírus. Mas a pandemia é vivida de formas diferentes por cada pessoa, família ou sociedade. Fotos da quarentena pelo Brasil e pelo mundo evidenciam as diferenças sociais. No entanto, cada um de nós possui um papel na batalha contra o coronavírus. Todos estamos sujeitos à infecção e somos possíveis vetores de contaminação. Evitar aglomerações, usar máscaras, higienizar as mãos, reduzir a circulação de informações falsas não são orientações políticas ou ideológicas, e sim pequenas ações que, somadas, fazem uma grande diferença. Uma sociedade solidária, altruísta, empática e, principalmente, unida, pode superar situações adversas. Construída no formato de um polígono, essa área traz a reflexão: como as escolhas individuais afetam a saúde coletiva?
Uma série de ampulhetas penduradas no teto representa esse compositor de destinos chamado Tempo, como diz Caetano Veloso em uma de suas canções. Se pudéssemos fazer uma outra “Oração ao tempo”, citaríamos todas as Marias e Josés, com sobrenomes Silva, Oliveira, Xavante ou Ianomâmi, que se foram durante a pandemia. As horas, dias, semanas, meses de ausência e saudade se tornaram dolorosas, especialmente para quem nem mesmo pôde se despedir. Momentos tristes de um ano que buscaremos superar, lembrando que a vida — sempre — precisa continuar, com maior respeito ao próximo e à natureza. Somos uma só Humanidade em uma única Terra. A eles e elas, esse memorial é dedicado.
No Museu do Amanhã e em vários laboratórios, universidades e escolas, a ciência é protagonista todos os dias. Durante a pandemia do coronavírus, ela passou a ser assunto também nas horas do almoço e do jantar, nas conversas com a família e amigos, nas buscas por notícias. Nunca foi tão popular, embora tenha sido vítima da disseminação de notícias falsas e “soluções milagrosas”. Felizmente, a comunidade científica brasileira e internacional, trabalhando incansavelmente, estão trazendo respostas em tempo recorde. A valorização do conhecimento, a cooperação entre cientistas, governos e sociedades e o trabalho de pesquisa a longo prazo são essenciais para que a humanidade resista a esse vírus e outras doenças que já existem ou que possam surgir no futuro. Nesta sala, a nossa homenagem é para os pesquisadores brasileiros, representados pela Fundação Oswaldo Cruz, a Fiocruz — uma de nossas parceiras de conteúdo —, que mergulharam na busca pela cura e desenvolvimento da vacina contra a Covid-19.
Museus fechados, salas de espetáculos vazias, sets de gravação paralisados, cinemas sem projeção. O cenário do início da pandemia foi desolador para a área da cultura. Como sobreviver sem música, teatro, novelas e sem o trabalho de milhares de profissionais envolvidos com a indústria cultural e criativa, que sustentam espiritual e financeiramente tantas pessoas? Das cantorias nas janelas e varandas às lives musicais caseiras, dos drive-ins a novos roteiros de peças de teatro, das produções mais enxutas à reabertura com protocolos rígidos de segurança, a cultura resistiu e resiste, presencial e digitalmente. Tudo parte da vontade de se comunicar, de criar conexões, fazer parte de algo maior do que nós mesmos. A cultura nunca morre, se transforma. Persiste, porque insistimos. Seja por paixão ou teimosia, cismamos em fazer arte e cultura. Porque juntas nos deixaram, nos deixam, nos deixarão, mais fortes. Sempre.
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Saiba Mais +Vimos boa parte de 2020 das janelas de nossas casas. Conversamos, choramos, nos divertimos, nos distraímos, sentimos medo e saudade, nos redescobrimos, nos adaptamos. Resistimos.
Precisávamos nos preservar em nossos espaços privados. Neles, estávamos a salvo.
Enquanto isso, profissionais essenciais iam às ruas para nos proteger, atuando em hospitais, mercados e farmácias; na transmissão de notícias, nas entregas de pedidos e nos laboratórios de pesquisa. O mundo lá fora continuou, porém diferente.
Observamos nossas relações de forma renovada. Percebemos que há tempo para encontrar um tempo pra gente, para ajudar alguém e conviver com quem amamos. A vida precisa continuar, e ela será mais promissora se respeitarmos os limites do planeta: estamos conectados.
A pandemia nos mostra que é tempo de aprendermos com a ciência e rever ações que afetam a biodiversidade. O vírus continuará e cabe a nós cooperarmos para superá-lo. Quando isso tudo passar, queremos Amanhãs mais sustentáveis, menos desiguais, mais coletivos.
Confira os horários e programe-se:
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EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA ENCERRADA
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O Museu do Amanhã funciona de terça a domingo
Das 10h às 18h (última entrada às 17h)
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Compre seu ingresso aquiMUSEU DO AMANHÃ
PRAÇA MAUÁ, 1
CENTRO - RIO DE JANEIRO, RJ
Evite ir de carro. Não há estacionamento no Museu do Amanhã.
A estação de metrô mais próxima é a Uruguaiana.
A estação de VLT mais próxima é a Parada dos Museus.
Diretor Presidente do IDG e Diretor Executivo do Museu do Amanhã
Ricardo Piquet
Diretora de Desenvolvimento de Público e Relações Institucionais
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Diretora de Projetos e Parcerias
Julianna Guimarães
Diretora Administrativa e Financeira
Simone Rovigati
Curadoria
Leonardo Menezes e Luiz Alberto Oliveira
Curador assistente
Eduardo Carvalho
Conteúdo
Felipe Floriano e Pedro Miller
Produção Executiva
Izabelle Araújo
Produção
Leonardo Fróes e Ricardo de Aquino
Auxiliares de Produção
Camila Cardoso, Tatiana Coelho da Paz e Thamiris Vaz
Tecnologia da Museografia
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Operações e Tecnologia da Informação
Amilton Alves, Christiano Almeida, Daniel Oliveira, Diogo Freire, Diogo Logullo, Eduardo dos Santos, Francisco Galdino, Gutemberg Fonseca, Jefton Elias, Leandro Maia, Luciane Martins, Marcelo Marques, Marcelo Xavier e Richard Costa
Comunicação
Joana Pires, Ana Seno, Claudia Lamego, Cleyton Santana, Giulia Renoldi, Matheus Caparica, Mauro de Bias e Yuri Amorim
Educação
Camila Oliveira, Aleph Archanjo, Amanda Dória, Bruno Santos, Diego Xavier, Guido Lamim, Hérica Lima, Igor Mesquita, Kelly Vilela, Raphael Borges, Rodrigo Silva, Stefanie Gomes, Vinicius Andrade, Vitor Souza e Wagner Guinesi Atendimento: Eduarda Mafra, Alexandre Francisco da Silva, Caue Albuquerque, Gabriela Ceciliano, Jenifa Pedrosa, Jose Francisco, Maria Marcela de Lima, Matheus Lima, Miguel Cavalcanti, Nara Campos de Oliveira Moraes da Conceição, Nilson Ramos, Priscila Paraguassu, Phelipe Rezende Cruz Firmino, Rejane Pinheiro, Serge Makanzu Kiala, Sheila Fernandes, Yan Gomes Silveira e Yasmin Motta
Parcerias e Comercial
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Jurídico
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